CADERNOS DE PRÁTICAS

Esta coleção de pequenos livros, escrita por agentes artísticos com percursos relevantes, pretende esquematizar e difundir práticas de trabalho artístico.

Ao registar diferentes formas de criar e arquivar saberes e técnicas de intervenção serve de guia para outros profissionais, artistas e criadores.

Lançamento da coleção

8 de março, 2025. 15h00
Museu Keil Amaral, Viseu

Com a presença dos autores Dennis Xavier, Graeme Pulleyn e Sofia Moura, e do coordenador editorial, Guilherme Gomes.

#01

Graeme Pulleyn

Licenciado em Estudos Teatrais pela Universidade de Warwick (Reino Unido) Graeme Pulleyn iniciou o seu percurso profissional com jovens atores e não atores na Serra de Montemuro em 1990. Trabalho esse que deu origem ao Teatro Regional da Serra do Montemuro.
Ao longo de trinta e cinco anos de trabalho como ator, encenador, tradutor e gestor cultural, Pulleyn criou e participou em inúmeros projetos artísticos em todo território português e além fronteiras.
Numa parceria de quase duas décadas com o Teatro Viriato desenvolveu o projeto PANOS — Palcos Novos Palavras Novas, promovido pela Culturgest e mais tarde o KCena — Projeto Lusófono de Teatro Jovem. Ao longo destes anos teve a oportunidade de trabalhar com jovens em Angola, Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
Foi professor nas Escolas Superiores de Educação de Viseu e da Guarda e na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e encenador convidado em várias produções com alunos da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto.
Atualmente é diretor artístico da estrutura de criação e programação artística CEM Palcos, onde continua o seu trabalho com atores novos e emergentes em programas como NOVE — Novos Tempos Novas Dramaturgias, Horta de Deméter, Tubo de Ensaio e na companhia de teatro jovem Primeiro Andar.

O Caçador e Outros Jogos

Teatro de Coletivo com Jovens Atores

O jogo como princípio para a criação teatral é talvez a principal lição de teatro. E o facto de esta ideia ser o mote para a construção de um livro de Graeme Pulleyn sobre o cruzamento de teatro e juventude, alicerçado em décadas de uma experiência entusiasmante, rima com o facto de o autor ser inglês — e em inglês se dizer que um ator “plays”. Joga, portanto. Nesta coleção de jogos, Graeme Pulleyn dá-nos pistas preciosas para o trabalho com jovens no território do teatro.

#02

Dennis Xavier e Sofia Moura

Dennis Xavier (1989). É programador cultural e artista multidisciplinar. Cofundador e diretor artístico e de produção da Mochos no Telhado; Diretor artístico do festival “No Fio da Palavra”; Programador do serviço educativo da Fundação Lapa do Lobo. Do seu percurso académico, destaca-se o Mestrado em Ciências da Educação — Arte, Sustentabilidade e Educação — pela Universidade do Porto. Como designer de som, compôs e criou para diversas produções, tendo trabalhando com nomes como Guilherme Gomes, Graeme Pulleyn, Rui Pina Coelho, Inês Barahona, Alex Cassal e António Alvarenga. No teatro, assumiu a direção artística e de produção de “Mãe”, “A História das Coisas”, “Kamarad”, entre outros projetos da Mochos no Telhado. Participou como intérprete em diversas produções.

Sofia Moura (1991). É atriz, criadora, cofundadora e diretora artística da Mochos no Telhado. Formada em Teatro (Interpretação) pela ESMAE, com mestrado em Teatro Música pela Royal Central School of Speech and Drama em Londres e em Filosofia pela Universidade de Coimbra. Trabalhou com diversos encenadores e companhias, incluindo Catarina Moura, Graeme Pulleyn, Joana Pupo, Giacomo Scalisi, Teatro do Montemuro e Amarelo Silvestre. Encenou “A História das Coisas”, criação da sua companhia e colaborou em projetos formativos no Teatro Nacional D. Maria II e no Teatro Viriato. Viveu três anos em Inglaterra, onde participou em várias peças e produções cinematográficas.

Da Recolha à Criação

Alicerçada num intenso trabalho de recolha e criação, a Mochos no Telhado partilha algumas reflexões sobre o processo de transformação do material recolhido em matéria de espetáculo. Neste livro, debruçam-se sobre a influência da pesquisa na criação, os conflitos da escolha e o reconhecimento de potenciais dramatúrgicos.
Fazemos, a convite da Mochos no Telhado, o percurso que a própria literatura fez: da tradição oral para o registo escrito.

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